Qual o alimento nocivo a que é mais difícil resistir? O açúcar. “Fomos equipados geneticamente para dar preferência ao sabor doce”, esclarece Madalena Muíoz. “O problema é que o consumimos em forma de sacarose (o açúcar de mesa) e não de frutas frescas ou secas, por exemplo”. Para ultrapassar o “vício” há que neutralizar o paladar, num esforço a que a nutricionísta chama de “desafio açúcar” e que consiste em comer iogurtes naturais, flocos de aveia, beber leite, água e café simples e sempre que possível adicionar aos alimentos o sabor a doce do açúcar natural da fruta (por exemplo juntando morangos ou pêra ao iogurte natural).
Adoptar uma alimentação natural pode parecer um pesadelo a quem não dispensa bolachas, queijos gordos ou enchidos, mas a contrapartida é mais aliciante do que um rosbife regado com molho roquefort. Além de contribuir para a redução dos níveis de colesterol e da tensão arterial, entre outros benefícios físicos, promove a vitalidade e... a sensação de felicidade. É que pesquisas recentes têm demonstrado a influência da alimentação nas emoções. O Food and Mood Project, elaborado pela especialista inglesa Amanda Geary, comprovou que os indivíduos estudados, ao aumentarem o consumo de frutas, peixes e líquidos em detrimento do açúcar, cafeína e álcool e evidenciaram melhoras na instabilidade emocional, na depressão e em ataques de pânico e ansiedade. Isto porque as vitaminas e os minerais são em parte responsáveis pela regulação do organismo e consequente libertação de serotonina.
Portanto, quem anda cabisbaixo pode incluir na dieta laranjas, cereais, frutas e verduras. Em contrapartida, tudo o que tem gorduras saturadas parece contribuir para deixar as “boas bocas” deprimidas, já que desequilibra a flora intestinal e altera a produção hormonal.
“Um intestino lesado não permite a absorção eficiente dos nutrientes, e ainda pode causar a resistência à insulina e gerar doenças crónicas como obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras”, confirma a clínica-geral Lurdes Ferreira, que dá consultas em Lisboa.
A ALIMENTAÇÃO
NATU RAL
CONTRIBUI PARA
A REDUÇÃO
DE NIVEIS DE
COLESTEROL,
PROMOVE A
VITALIDADE E A
SENSAÇÃO DE
FELICI DADE
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