Uma sessão de ginástica consta de exercícios de aquecimento; exercícios de aplicação e exercícios sem esforço relaxantes e de derivação.
Convém explicar, detalhadamente o significado e acção de cada uma destas designações e fases dos esquemas de ginástica.
É preciso, primeiro que tudo, denunciar erros, infelizmente muito comuns, que sendo prejudiciais em qualquer idade, para os idosos representam consideráveis riscos.
O problema do aquecimento tem um objectivo fisiológico que raramente é respeitado, e que vamos descriminar:
Como se sabe, o músculo em repouso tem a circulação sanguínea reduzida a cerca de 1O% da que se atinge em actividade.
Nestas circunstâncias os metabólitos provenientes das contracções que mantém o tonus muscular, só muito lentamente são ressintetizados, e mantêm os discos claros das fibras musculares em meia elasticidade.
Qualquer esforço violento ou intempestivo em tais condições assim como em estados de fadiga intensa nos quais a elasticidade está reduzida — pode determinar ruturas musculares, raras tios jovens, mas de temer nos idosos.
O ‘aquecimento’ deve, portanto, consistir em activar a circulação em todos os músculos e com ela a bioquímica da contracção.
Ora sucede vermos com frequência em aulas de ginástica (e para todas as idades!) o aquecimento constar de alguns minutos de corrida, em que aquela influência benéfica e indispensável quase não passa dos músculos dos membros inferiores.
Este privilégio tem consequências fisiológicas, regidas inclusivamente por uma lei que estabelece que ‘os músculos que tua balham vivem à custa dos inactivos’, o que nalguns desportos como corrida, futebol, ciclismo, ou no ‘balet’ clássico é flagrante.
Os exercícios de aquecimento devem, portanto, implicar toda a musculatura.
Depois de termos, assim, conseguido as condições óptimas para o mecanismo das contracções, passamos aos exercícios de aplicação, cujo intento difere consoante se trata de jovens ou de pessoas de idade, de asténicos ou de atléticos, e de activos ou sedentários.
Nos jovens haverá a preocupação formativa, que lhes modele harmoniosamentea musculatura e o desenvolvimento do esqueleto; nos asténicos teremos que recorrer sobretudo a excrcicios de força que o atlético pode dispensar; o sedentário precisa de activação geral... que o activo espontaneamente realisa.
Nos idosos os exercícios de aplicação têm que consistir, em maior ou menor grau, conforme as condições físicas apresentadas — em mobilizar o corpo, tonificar os músculos e activar todas as funções orgânicas.
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