ARTROSE

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A Artrose
A artrose é uma perturbação da cartilagem articular que de limitadas e ligeiras alterações pouco significativas, clínica e funcionalmente, pode conduzir à sua necrose e dar origem a deformações articulares subsequentes, incompatíveis com a mecânica dos gestos motores.

Convém, portanto, saber em que consiste este fenómeno degenerativo que, além de tudo o mais, é extremamente doloroso, dor que vai determinar a limitação da amplitude dos movimentos OU o seu impedimento por bloqueio articular.

Fisiopatalogia da artrose

A delgada camada de cartilagem que cobre as superfícies articulares não possui circulação, sendo apenas nutrida por substâncias contidas no líquido sinovial que nela penetra por aspiração e dela é expulsa por compressão, como se se tratasse de uma esponja.
Os movimentos estão constantemente a provocar, em vários pontos da cartilagem, este duplo sentido da corrente do líquido sinovial na intimidade do tecido cartilagíneo, o que não se produz, como é lógico, durante a inacção ou por compressão permanente ou muito prolongada.
Estas condições sucedem, por exemplo, nas articulações escapulo-humerais nas pessoas sedentárias ou que exercem profissões em que os ombros permanecem quase imobilizados (fazer tricot, escrever à mão ou à máquina, etc.)

A compressão excessiva, em tempo ou intensidade, passa-se em especial nos membros inferiores, e em áreas mais ou menos extensas das cartilagens de revestimento articular, dando lugar às coxartroses e às gonartroses das profissões que se exercem de pé.
A cartilagem mal nutrida degenera facilmente, perde a regularidade, necrosa e esfacela-se, deixando a descoberto áreas mais ou menos extensas da superfície óssea (figs. 1-2).
Como é na superfície óssea sub-condral que existem as terminações nervosas da sensibilidade articular, as zonas desprotegidas da cartilagem tornam-se dolorosas a qualquer contacto ou a atritos de mobilização, traumatismos que, além das dores, provocam um estado infamatório, ponto de partida de deformações articulares (fig. 3).

Estas deformações chegam a atingir tal irregularidade e volume das extremidades articulares que impedem por completo o movimento na amplitude e sentido normal do dispositivo motor.
O contacto permanente de superfícies ósseas desprovidas de cartilagem pode levar ao estabelecimento de anquiloses articular.
Sob a acção de agentes físicos e de mobilização terapêutica adequada, pode obstar-se a que a artrose assuma estados degenerativos irreversíveis, restabelecendo uma nutrição normal da cartilagem, que evite a sua destruição, assim como estimular processos cicatriciais, que vão preencher as áreas necrosadas de tecido conjuntivo, mitigando a dôr e restabelecendo, total ou, pelo menos, satisfatoriamente, a mobilidade articular.

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