Aleitamento materno é aconselhável mas não é regra fundamentalista

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Aleitamento materno é aconselhável mas não é regra fundamentalista.

A Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) defendeu que a alimentação desejável para as crianças até aos seis meses é o aleitamento materno exclusivo, tal como defende a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas lembrou que essa não é uma regra fundamentalista, mas adaptável às situações.

Um estudo britânico sugeriu recentemente que a introdução de alimentos sólidos aos quatro meses de vida poderia ser benéfico para o bebé, prevenindo alergias a certos alimentos e a falta de ferro. António Guerra, presidente da SPP, observou que este trabalho britânico não contradiz as orientações da OMS e lembrou que, atualmente, quando há “indicação para suplementação porque o leite materno está a ser de algum modo insuficiente”, avança-se para a iniciação de um alimento antes dos seis meses de vida.

"Ainda não há uma evidência suficientemente robusta para que se possa dizer que sistematicamente todos os lactentes devem iniciar aos quatro meses outros alimentos. Vamos ver o que se passará daqui a algum tempo, a ciência está a evoluir e há sempre novos estudos que vão surgindo”, defendeu. “Tudo isto tem de ser entendido de uma forma não fundamentalista e adaptada às situações, mas sempre defendendo que a meta é alimentar com leite materno exclusivo durante o maior tempo possível, no máximo por seis meses’ afirmou..



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