Inibição do Apetite/Inibição da Produção de Gordura

Os estudos efectuados pela Hoffman La-Roche com animais já tinham sido bastante consistentes quanto aos benefícios do AHC. Nos últimos anos, as investigações com humanos vieram demonstrar igualmente os efeitos benéficos do AHC obtido da Garcinia.

Um destes estudos, efectuado durante 8 semanas, estudou dois grupos —

um grupo A tomou 500 mg de AHC, 3 vezes/dia, antes das refeições; o grupo B tomou um place

bo. O primeiro teve um resultado 215% maior na perda de peso do que o placebo, observando-se também

uma redução significativa nos seus níveis de colesterol e triglicéridos (6).

Noutro estudo, ainda mais recente, duplamente cego,

levado a cabo pela Universidade de Purdue (E.U.A.) com

mulheres moderadamente obesas, 42 tomaram 400 mg de

AHC, três vezes por dia, enquanto faziam uma dieta de

1200 kcal. As outras 47 tomaram um placebo. Ao fim das

12 semanas, ambos os grupos perderam peso, revelando

o grupo que tomou AHC uma redução de peso significativamente superior - 3.7+1-3.1 kg, versus 2,4 +1-2.9 kg (7).

Dosagem e Toxicologia

Estabelecer uma dosagem adequada de AHC com o propósito de induzir a inibição do apetite pode ser complexo, dadas as reacções individuais à ingestão deste ingrediente poderem variar muito. Existem estudos que mostram que 750 mg de AHC por dia asseguraram bons resultados, enquanto outros apresentaram doses a chegar às 6 gldia de AHC para se notarem resultados positivos.

De um modo geral, com 500 a 750 mg de AHC, tomados 1 hora antes das 3 principais refeições,

obtêm-se bons resultados.

Sobre a toxicidade, estudos efectuados em animais sobre a toxicidade aguda, a 90 dias e sobre o potencial mutagénico, não revelaram qualquer efeito negativo sobre o organismo (8). Apesar da sua elevada segurança, mulheres grávidas e a amamentar não devem tomar produtos concentrados em AHC, uma vez que o período da gravidez é um período de extrema sensibilidade às hormonas esteróides e o AHC influencia a síntese do colesterol e, por consequência, a produção de estrogénio, progesterona e testosterona.

Bibliografia

(1)-Nutrition Research, 24(1): 45-58, 2004

)2)-ArchivesofBiochemistry and Biopbysics, 135:200-217, 1969

(3)-Archives o) Biochemistry and Biophyslcs, 150:183-1 90, 1972

(4)-Lipids, 72: 36, 1 981

(5)-Journal o) Biological Chemistry, 246: 629-632, 1971

(6)-Investigación Medica Internacional. 22:97-100, 1995

(7)-Physiology & Behaviour, 71: 87-94, 2000

(8)-Molecular and Ceilular Biochemistry 254:339-346, 2003

* Pós-graduado em nutriçào