Alimentar o cérebro e mantê-lo saudável

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Sabia que o nosso cérebro também come?


Quando pensamos nos benefícios de uma alimentação saudável, associamo-los quase sempre ao desenvolvimento físico, mas a verdade é que para crescer e se desenvolver de uma forma saudável, o cérebro necessita constantemente de um fornecimento de energia e de nutrientes.


“Existem nutrientes que estão directamente relacionados com o nosso desenvolvimento cognitivo, sendo que nos últimos anos tem-se feito muita investigação nessa área. As células do nosso cérebro e as pontes por onde passa a informação são constituídas por gordura, especificamente pela gordura que encontramos nos ácidos gordos ómega de origem vegetal e de origem marinha. Estes ácidos gordos ómega fazem parte da estrutura do nosso cérebro e como as células do cérebro não se reproduzem precisamos de estar constantemente a fazer a sua manutenção, reparando os danos que ao longo do tempo vão acontecendo”, explica a nutricionista Helena Cid.


Os ácidos gordos ómega 3, presentes por exemplo em peixes, tais como o salmão, o atum, a sardinha, a truta e a cavala, são de facto a gordura mais importante para a saúde do cérebro e a sua falta pode desencadear o aparecimento de vários problemas de saúde, nomeadamente depressões, perdas de memória, dificuldades de aprendizagem, hiperactividade com défice de atenção, entre outras disfunções do foro neurológico.

“Todos os alimentos são importantes para o desenvolvimento cognitivo e devem ser consumidos de forma equilibrada”Mónica Pinto.

De acordo com a pediatra de desenvolvimento, Mónica Pinto, “uma alimentação equilibrada é muito importante para o crescimento, para a formação das redes neuronais e para o equilíbrio fisiológico do organismo.


A alimentação tem também um papel importante no treino da mastigação, da autonomia alimentar e na impregnação de hábitos saudáveis e de rotinas do dia-a-dia das crianças, sendo que todos os alimentos são importantes para o desenvolvimento cognitivo e devem ser consumidos de forma equilibrada de acordo com as proporções determinadas pela roda dos alimentos. O leite, o peixe e os óleos vegetais, por exemplo, são muito importantes, sendo que o consumo de fruta e de legumes deve ser igualmente incentivado”, não só durante a infância, mas sim ao longo de toda a vida; “Durante muitos anos pensou-se que o desenvolvimento cognitivo acontecia apenas durante a infância, estabilizando durante a idade adulta, mas de acordo com os últimos estudos o cérebro humano consegue adquirir competências durante muitos anos, nomeadamente na idade adulta, daí a importância de o irmos alimentando correctamente”, salienta Helena Cid.


Outro dos nutrientes importantes para o nosso cérebro são as vitaminas do complexo B, que melhoram a comunicação entre as células e a performance cognitiva e que estão presentes em vários alimentos, nomeadamente nos ovos, em especial na gema, nos cereais integrais e nas leguminosas, no caso do ácido fólico e da vitamina B6, sendo que as vitaminas do complexo B12 se encontram sobretudo nos produtos de origem animal, tais como na carne, no peixe e em alguns lacticínios. “As vitaminas B6, B12 e o ácido fólico são muito importantes, porque as mensagens são impulsos nervosos que vão passando de célula em célula. Essas vitaminas e ácidos gordos são também mensageiros, mas ao contrário do que acontece com outros nutrientes, nós não conseguimos fabricar os ácidos gordos essenciais, só através da alimentação é que os conseguimos adquirir”, adianta Helena Cid, acrescentando que é igualmente importante aumentar o consumo de óleos vegetais, tais como o azeite e os óleos de girassol, ou de soja, que “devem ser consumidos com regularidade, mas em quantidades moderadas.


Podemos por exemplo barrar o pão com margarina ou com um creme vegetal, como forma de ingerir estes ácidos gordos de uma forma acessível”, destaca a
nutricionista.

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