CONSTRUÇÃO DE AULAS COM BOLA SUIÇA

3. CONSIDERAÇÕES NA CONSTRUÇÃO DE AULAS COM BOLA SUIÇA

Como base nas condicionantes ao uso da bola apresentadas temos que respeitar o seguinte na condução da aula de grupo:

- Habituar o aluno à instabilidade da bola, usando exercícios com boa base de sustentação;
- Usar e criar progressões, tão completas quanto possível, usando muitas e pequenas mudanças e nunca mudanças bruscas ou complexas (alterar um elemento de cada vez);
- Antecipar problemas de adaptação à bola. Antecipar possíveis dores devidas a determinadas condições corporais/lesões. Antecipar erros de defesa de queda por desequilíbrio (co-contrações indesejáveis) ;
- Alterar os grupos musculares de suporte: Abdominal (anterior) , Extensores da coluna (posterior);
- Importância das transições de posição na bola e variação de apoios.
- Decúbito ventral ;
- Apoio do tronco => Trabalho cadeia posterior (costas) ;
- Apoio das extremidades => Trabalho da cadeia anterior (abdominal) ;
- Decúbito dorsal
Apoio do tronco => Trabalho da cadeia anterior (abdominal)
- Apoio das extremidades => Trabalho da cadeia posterior (costas)
- Variação da posição do tronco na bola em decúbito dorsal. Esta mudança de posição do tronco vai fazer variar a solicitação muscular no tronco e nos membros superiores. A mobilidade da bola permite ir alternando todos os grupos musculares dos membros superiores por alteração da posição do corpo e variação da orientação das fibras musculares com a direcção da gravidade.
- Sentado
- Reclinado
Deitado
- Trabalho sem resistências externas (só peso do corpo). Variar o comprimento das alavancas para alterar a intensidade do exercício. Este tipo de trabalho permite uma melhor dinâmica da aula, maior fluidez, e uma mais fácil adaptação a diferentes níveis de alunos numa mesma sessão.
- Superfície de sustentação — distância dos pés um ao outro dos pés à bola
- Número de apoios
- Velocidade do movimento
- Uso de resistências externas adicionais (halteres) — cuidado porque limita a possibilidade de apoios
- Distância das resistências externas ao centro do corpo (alavancas) e uso de assimetria na distribuição do peso em torno do centro do corpo e nos apoios

— quanto maior for a distância, maior será o deslocamento a controlar para trazer o corpo de novo à base de sustentação, trazer o corpo de volta ao equilíbrio.