Antidepressivos: primeiro ou último recurso?

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Segundo o lnfarmed, o consumo de medicamentos antidepressivos em Portugal aumentou 45% nos últimos cinco anos. Esta realidade inquietante reflecte, por um lado, o tacto de as pessoas procurarem os médicos para obter resultados imediatos para as suas queixas e, por outro lado, a excessiva facilidade com que a maioria dos médicos prescreve esta medicação.



De vez em quando, todas as pessoas se sentem mais tristes ou pessimistas. Contudo, não se pode afirmar que estejam deprimidas. A depressão implica uma perturbação significativa em muitos aspectos do funcionamento global do indivíduo. A pessoa deprimida sente-se pessimista em relação a si mesma, ao mundo e ao futuro, valorizando mais o lado negativo do que o lado positivo das coisas.

A depressão é uma perturbação do humor que se tem revelado como uma das doenças psiquiátricas mais frequentes, afectando crianças, adolescentes e adultos. Existem vários tipos de depressão com sintomas, evolução e severidade diferentes. Alguns dos factores desencadeadores da depressão são, entre outros, o desemprego, distúrbios dos neurotransmissores, factores genéticos, perda de um ente querido, falta de apoio social.

A depressão reflecte-se ao nível comportamental (isolamento, níveis baixos de actividade), afectivo (tristeza, culpa, ansiedade), cognitivo (autocrftica, dificuldade de concentração) e físico (alteração do sono e do apetite). Em casos mais graves pode levar a pensamentos suicidas: o indivíduo acredita que esta é a única saida para o seu problema.

Os tratamentos para a depressão podem incluir a medicação, psicoterapia ou a combinação de ambos. Segundo o lnfarmed, o consumo de medicamentos antidepressivos em Portugal aumentou 45% nos últimos cinco anos. Esta realidade inquietante reflecte, por um lado, o facto de as pessoas procurarem os médicos para obter resultados imediatos para as suas queixas e, por outro lado, a excessiva facilidade com que a maioria dos médicos prescreve esta medicação.

A medicação antidepressiva surge como a “pílula milagrosa” capaz de resolver os problemas sem grande esforço por parte do indivíduo.
É uma realidade aparente que ofusca o preço real que estes medicamentos comportam. Fala-se pouco dos efeitos secundários e da dependência que alguns destes medicamentos podem provocar. O mais grave parece ser a crença que muitas pessoas desenvolvem de que os seus sucessos se devem exclusivamente à medicação, não se apercebendo nem desenvolvendo as suas próprias capacidades no combate a esta perturbação.

Estudos sugerem que a intervenção psicológica é tão eficaz na redução da depressão quanto a medicação anti- depressiva, podendo até ser mais eficaz na prevenção de recaídas.
A intervenção psicológica dá ao paciente um papel activo no seu processo terapêutico. É uma intervenção breve e educativa, uma vez que promove o desenvolvimento das habilidades de auto-ajuda. Promove estilos de vida saudáveis que se podem generalizar a todas as áreas de vida do paciente.



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